A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil aprovou as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para o quadriênio 2015 – 2019. Os bispos optaram por não criar novas diretrizes, mas atualizarem as antigas devido à importância das urgências nela contidas. Nesse aspecto, a grande novidade dessas atuais diretrizes é a colaboração do Magistério do Papa Francisco.
O que são diretrizes? São direções, caminhos apontados para uma efetiva ação pastoral. Assim a Igreja no Brasil pensou e propôs à sociedade essas luzes para a atividade eclesial. Destacam- se cinco fundamentais urgências que os bispos consideraram oportunas para toda ação evangelizadora.
1 IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO
Essa urgência aparece como a primeira das cinco, no intuito de nortear todas as outras. Essa dimensão ressalta, sobretudo, os apontamentos da Conferência de Aparecida que pede que a Igreja seja constantemente missionária.
Os bispos afirmam que: “a missão é o paradigma de toda a obra da Igreja. Ela assume um rosto próprio, com pelo menos três características: urgência, amplitude, inclusão. É urgente em decorrência da necessidade de anunciar o Evangelho com renovado ardor missionário, perante os graves problemas éticos e os desafios pastorais da realidade brasileira. É ampla e includente, porque reconhece que todas as situações, tempos e locais são seus interlocutores” (DEGAE 37).
É preciso desenvolver uma consciência missionária para isso é necessário pensar a estrutura pastoral em chave missionária para que o efeito seja a “conversão pastoral”. A missão se tornou critério de leitura de toda realidade eclesial, a Igreja ressalta a inadiável urgência de ser missionária.
Os bispos pensaram em várias perspectivas de ação nessa dimensão, podemos destacar as seguintes: o acompanhamento das pessoas, a proximidade, sensibilidade para com aqueles que mais precisam de atenção pastoral, evangelizar todos os ambientes, priorizar a juventude, desenvolvimento das santas missões populares e atenção redobrada com o ecumenismo.
Essas perspectivas apontam para uma Igreja em saída, como sempre de novo recorda o Papa Francisco. É necessário dialogar sempre, pois missão é relação, contato, dedicação de tempo. O lugar da missão é todo lugar. Isso é um imperativo para a Igreja e, antes de tudo, uma necessidade. Ela assume sua vocação de mãe e mestra, pastora da humanidade.
Nesse sentido, a Igreja em estado permanente de missão é aquela que constantemente está preocupada com seus filhos e filhas, deseja encontrá-los, para oferecer uma palavra de carinho e conforto. Ela se coloca como companheira de viagem, entrando na noite escura de cada pessoa, fazendo brilhar nelas a luz salvadora do Evangelho.
Alessandro Tavares Alves
III ano de teologia
Referência
CNBB. Diretrizes gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil 2015 – 2019. São Paulo: Paulinas, 2015.