Nos dias 6 a 9 de junho, arcebispos, bispos e coordenadores diocesanos de pastoral estarão reunidos no Retiro das Rosas, em Cachoeira do Campo (MG), para a Assembleia Anual do Conselho Episcopal de Pastoral do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Segundo o secretário executivo do regional, padre Roberto Marcelino, extraordinariamente Assembleia vai acontecer fora do local de costume. “Essa mudança está sendo feita para que o Regional Leste 2 possa ser solidário as vítimas, a Arquidiocese de Mariana e as demais dioceses que compõem a Bacia do Rio Doce e foram atingidas com o rompimento da barragem. E também para chamar atenção dos órgãos públicos e das instituições sobre o assunto”, explica.
O tema central proposto para esta Assembleia será “Casa Comum: ênfase em mineração”. A assessoria do tema ficará a cargo do grupo de pesquisa da PUC Minas, voltado para a questão da mineração no Brasil. Na ocasião serão debatidos e refletidos sobre outros assuntos, como uma Analise de Conjuntura, com a presença do procurador da República em Minas Gerais, promotor Dr. Eduardo Antonio Dias Netto Júnior, e uma apresentação do relatório do Projeto Igreja Irmãs do Regional Leste 2.
Concomitante à Assembleia, os coordenadores diocesanos de pastoral do Leste 2 se reúnem para o encontro anual do regional. “Eles vão discutir sobre a questão da catequese. O debate será voltado para a iniciação da vida cristã. Onde os coordenadores vão partilhar as experiência de suas dioceses, ver os desafios e vão aprofundar essa temática para dar respostas as exigências do tempo atual”, afirma o padre.
O encerramento da Assembleia, na quinta-feira (9), será marcado por uma missa, no Santuário Nossa Senhora do Carmo, em Mariana (MG), com transmissão pela Rede Vida, às 8h30. A celebração será presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello. Após a celebração, os bispos, coordenadores de pastoral e representantes dos atingidos irão seguir para uma visita ao distrito de Bento Rodrigues, local do rompimento da barragem.
“Visitar o local significa passar a conhecer a realidade in loco para também ter a sensibilidade e sentir um pouco, mesmo que sem a presença da maioria das vítimas, dos dramas que eles viveram e estão vivendo. Essa visita é uma expressão humana, solidária e profética da Igreja que quer chamar atenção das autoridades e da sociedade para essa tragédia e também para pensar em formas de prevenção e em políticas para fiscalizar essas empresas e barragens”, ressalta padre Roberto.