O mundo está em alerta com o avanço do novo coronavírus (Covid 19), que causa infecções respiratórias e pode provocar até mesmo outras doenças como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).
A epidemia surgiu na cidade de Wuhan, na China, no final do ano passado. Na quarta-feira, 26 de fevereiro, foi confirmado o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil, de um homem de 61 anos, morador de São Paulo (SP). Ele tem histórico de viagem para a Itália e deu entrada no hospital Israelita Abert Einstein. Atualmente está em isolamento domiciliar, sendo monitorado por uma equipe de vigilância.
De acordo com as informações do Ministério da Saúde atualizadas até a noite desta quinta-feira (27), o Brasil tem 132 casos suspeitos; Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), há cinco casos suspeitos, sendo três em Belo Horizonte, um de Montes Claros e outro de Juiz de Fora.
Com isso, a Província Eclesiástica de Juiz de Fora, composta pela Arquidiocese de Juiz de Fora, a Diocese de Leopoldina e a Diocese de São João del-Rei divulgaram uma nota oficial determinando algumas medidas de precaução durante o ritual litúrgico das Missas e Celebrações realizadas nas comunidades que compõe o seu território.
A nota informa ainda que, provisoriamente, o momento do “abraço da paz” não deve acontecer, a oração do Pai Nosso não deve ser rezada de mãos dadas e a Comunhão deve ser dada apenas nas mãos dos fiéis, e não diretamente na boca. O fiel tenha o cuidado de comungar respeitosamente diante do Ministro e não se deslocar com a Sagrada Hóstia na mão.
A decisão foi assinada por dom Gil Antônio Moreira, arcebispo metropolitano de Juiz de Fora; Dom Edson José Oriolo dos Santos, bispo da Diocese de Leopoldina e dom José Eudes Campos do Nascimento, bispo da Diocese de São João del-Rei. Eles informam que a determinação está em comunhão com a Igreja em todo o mundo e em prol da defesa da vida, buscando combater a disseminação do coronavírus, uma ameaça à saúde que já vitimou centenas de pessoas em várias partes do mundo e que apresenta perigo de contágio no Brasil.
Confira a íntegra da nota.
Orientações da Pastoral da Saúde
Segundo informações no sítio eletrônico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Ferreria Paz, bispo de Campos (RJ), informa que a primeira recomendação é trabalhar a prevenção e divulgar as informações importantes nas cartilhas da saúde sobre este vírus e as modalidades de contágio, com objetividade científica e a seriedade dos dados para evitar pânico e surtos de irracionalidade.
“Sobretudo a solidariedade com as comunidades que estão padecendo ou podem estar mais expostas. Além disso, colaborar com a vigilância sanitária e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na frente e neutralizar os riscos deste vírus para a nossa população, especialmente os mais vulneráveis”
Ações do Ministério da Saúde
Com o objetivo de preparar a rede pública de saúde, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública para o coronavírus (COE-COVID-19), que analisará dados e informações para os gestores e técnicos definirem ações de acordo com o Plano Nacional de Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde.
Dados e atualizações sobre a epidemia podem ser acessados através de uma página especial com todas informações oficiais e seguras sobre o coronavírus: Clique aqui.
Ações da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais
O Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira, 27 de fevereiro, apresentando um Plano de Contingência para Emergência em Saúde Pública COVID-19. Ele informou que a SES-MG está realizando licitação para comprar equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde, além de treinamentos voltados para as Regionais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Informou também que será intensificadas campanhas publicitárias e a criação de um sítio eletrônico sobre o assunto.
“Nós estamos em processo de análise jurídica para a publicação de um Decreto de Emergência em Saúde Pública, o que pode agilizar processos de compra de leitos, medicamentos, ventiladores, monitores, contratação de pessoal, entre outras medidas que possam gerar uma resposta dos serviços de saúde a essa epidemia. Também vamos ativar o Centro Mineiro de Controle de Doenças Transmissíveis, uma espécie de força-tarefa voltada às emergências de saúde, e também em articulação com a Rede Intermunicipal de Emergências de Saúde Pública, que envolvem consórcios intermunicipais”, detalhou o secretário Carlos Eduardo Amaral.
Assessoria de Imprensa da Diocese de Leopoldina, com informações da CNBB, Arquidiocese de Juiz de Fora, Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.