O clero da Diocese de Leopoldina esteve reunido em Ouro Preto, no Hotel Fazenda Retiro das Rosas, localizado no Distrito de Cachoeiro do Campo, para o seu retiro anual.
Dom João Bosco Óliver de Faria foi o pregador do encontro. Ele é arcebispo emérito de Diamantina e refletiu sobre diversos aspectos relacionados a vida e o ministério sacerdotal.
A abertura aconteceu no dia 07 de março de 2022, com uma Santa Missa presidida por dom Edson Oriolo, bispo de Leopoldina, que em homilia refletiu sobre as dimensões do silêncio na oração cristã.
Durante o retiro do clero, vários momentos de pregação e outras atividades desenvolvidas marcaram o encontro, como Via Sacra, quando os padres meditaram sobre a Paixão de Cristo.
Com o encerramento do encontro no dia 10 de março, os sacerdotes retornam para as paróquias e comunidades revigorados, como refletiu o padre Marcelo Sérgio Barros, pároco de Nossa Senhora Aparecida de Muriaé, que destacou o retiro como um reencontro consigo mesmo e com o próprio Deus.
“Dom João Bosco levou-nos a refletir sobre o barco da nossa vocação com uma pergunta: onde está o nosso barco? Foi um momento oportuno para fazermos uma profunda reflexão sobre nossa vida sacerdotal, a importância do nosso ministério para o povo. O padre é o homem da esperança para um povo que está cansado, desiludido com tantas coisas ruins acontecendo”, comentou.
O coordenador de pastoral da Diocese de Leopoldina, padre Agnaldo dos Reis Ferraz, em nome do bispo diocesano e de todo clero, fez um agradecimento especial ao pregador do retiro, dom João Bosco Óliver de Faria, dizendo que a escolha de um bom pregador pode fazer muito bem ao clero.
“E o senhor foi a excelente escolha. Com palavras, exemplos e principalmente com o seu jeito autentico de ser, faz-nos respirar, avaliar, reorganizar e direcionar o nosso ser sacerdotal. Saber onde está o nosso barco é fundamental, para retornar para o caminho que nos conduz ao encontro com o Bom Deus. Aqui são barcos individuais, com cada história, origem, significado, lutas, lágrimas, realizações. O senhor nos ajudou a encontrar ou reencontrar o barco da nossa vida, da nossa vocação, da nossa missão. Mas unidos estamos todos em um único barco que é a Igreja e especialmente a Diocese de Leopoldina. Onde fomos ungidos com o óleo da unção sacerdotal. Escolhidos e eleitos por Deus, com a direção do nosso bom pastor, estamos corajosamente avançando para águas mais profundas da missão de sermos Igreja Santa”, agradeceu
Para o Monsenhor Alexandre dos Santos Ferraz, vigário geral da Diocese de Leopoldina, foi um tempo de graça vivido intensamente com celebrações bem preparadas e cheias de espiritualidade. Considerou ainda que Dom João Bosco, com sua longa experiência de vida, fez reflexões breves, com palavras simples, que muito ajudou aos padres a refletirem como melhorar o perfil do sacerdote neste tempo.
“Com muitas provocações pertinentes, nos levava a uma continua reflexão e revisão da nossa missão sacerdotal. O retiro foi celebrado e vivido num clima de alegria e fraternidade. Deus seja louvado por este tempo de graça na vida do nosso Clero”, elogiou
O padre Márcio José Ferreira Júnior, pároco de São Cristóvão e Imaculada Conceição de Cataguases, considera que foi uma experiência singular, em vários aspectos. Ele considera que foi uma oportunidade, para retirar-se da rotina e atividades diárias, sendo um momento especial de convivência fraterna entre os padres.
“É uma novidade para mim, por participar, pela primeira vez, do retiro geral do Clero. Volto renovado para paróquia e animado para viver, em breve, a semana Maior de nossa fé”, comentou.
O padre Silas Geraldo, pároco de Santa Rita de Cássia de Miradouro disse que foi um momento oportuno para revisão de vida e retomada dos ideais primevos de vocação e seguimento de Cristo, no amor ao ministério e à Igreja. Comentou ainda que, além das profundas reflexões do orientador, o retiro foi marcado pela expressiva participação do clero, que participou de fortes momentos de espiritualidade, preparados pela equipe de liturgia da Diocese de Leopoldina. “Louvamos e agradecemos a Deus por esta rica oportunidade de trabalhar nossos sentimentos para que estes possam se convergir, não na disputa e imposição, mas na partilha, no diálogo fraterno, no perdão e na união”, agradeceu
Para o padre Semer Salim Oliveira, vigário paroquial de Santa Cruz de Muriaé, o retiro foi muito proveitoso, sendo uma oportunidade para rezar, refletir e estar junto de seus irmãos sacerdotes e o bispo. Ele considera que o pregador foi muito feliz nas pregações. “Me levou a refletir os meus quase 34 anos de caminhada como sacerdote”, destacou.
O Pe. João Victor Melo Martins, pároco de Santa Bernadete de Ubá, disse que a primeira oportunidade do retiro anual do clero é a fraternidade presbiteral, sendo um momento de os sacerdotes estarem juntos. “Para abrirmos a graça de Deus e mergulharmos em nós mesmos. Depois temos a oportunidade de sermos conduzidos, através das reflexões, a uma análise de nossa vida, nosso ministério e reavaliarmos nossas escolhas”, destacou.
Já o padre Almir Pereira Lopes, pároco de Nossa Senhora da Encarnação de Guiricema, o retiro é um momento abençoado e muito especial para o clero. “Fizemos a experiência de subir a montanha e estar a sós com Deus”, exemplificou. O sacerdote considera que o local do encontro é muito especial, elogiando ainda a escolha do pregador, que em sua concepção, realizou de forma brilhante sua missão.
Para o padre Elcione Leite de Paula, vigário paroquial de Nossa Senhora Imaculada Conceição de Muriaé, o pregador do retiro promoveu momentos muito importantes para a identidade sacerdotal, apresentando questionamentos para uma profunda reflexão sobre “Quem foi seu “anjo Gabriel”? Quem gerou em seu coração a vocação sacerdotal?”. Para o Pe. Elcione, as quatro notas distintivas do padre são disponibilidade, compaixão, sacrifício pelo Reino e serviço; já os pontos de apoio são a santidade de vida e caridade pessoal com os pobres.
O padre Antônio Luiz da Silva, pároco de Santo Antônio do Aventureiro, considera que a preparação para participar do retiro espiritual é fundamental e depende da disponibilidade interna de quem participa.
“É preciso sair de si mesmo para a escuta da Palavra de Deus. O segundo ponto é entregar-se totalmente o que Deus o quer falar, através do pregador, geralmente alguém de experiência como Dom João Bosco. Um terceiro ponto que destaco é despreocupar-se dos afazeres cotidiano, não e abandonar as atividades, mas desacelerar o ritmo e usufruir desse momento para esse alimento espiritual riquíssimo na vida de alguém que se dispõe a acompanhar e orientar as atividades pastorais na comunidade a ele confiado. E, finalmente, a convivência fraterna entre os colegas e o Bispo”, pontuou. Padre Antônio comentou ainda que as orientações de dom João Bosco foram enriquecedoras, apontando caminhos sólidos para iluminar a caminhada do sacerdote.
