Texto e fotos: Gilsilene Mendes – CPT
“Pequenos lavradores. Os posseiros e sem-terra. Enfim, alcancem o sonho, de justiça e paz na terra. Depois de tanto sangue, depois de tanta guerra. Que a terra volte ao povo e que todos tenham terra”. (Roberto Malvezzi)
Celebramos no dia 22 de junho, na Paróquia Santo Antônio em Belisário, município de Muriaé-MG, os 46 anos da Comissão Pastoral da Terra – CPT no Brasil e fizemos memória dos 42 anos de escuta, de vivência e convivência, de presença solidária, profética e efetiva da Comissão Pastoral da Terra em Minas Gerais – CPT/MG junto as comunidades e povos que resistem no campo, nas águas e nas florestas, na construção de espaços de vida e de ressureição.
Além da fundação da CPT, também foi momento de fazer memória dos companheiros e companheiras que morreram e ou foram mortos ao longo destes anos e as vítimas da Covid-19, por essas pessoas nenhum momento de silêncio, mas, toda uma vida de luta.
O momento que vivemos exige de nós, pessoas cristãs testemunho autêntico que seja capaz de agir na transformação do mundo. Exige gritar o Evangelho com a vida. O Papa Francisco nos exorta a sermos Igreja em saída, a serviço dos mais pobres.
Nós da Comissão Pastoral da Terra-CPT/MG agradecemos a Comunidade de Belisário e a Paroquia Santo Antônio por todas as vezes que acolhe a CPT/MG; aos freis Gilberto Teixeira e Gilvander Moreira pelo profetismo e testemunho de luta e nas lutas povo, especialmente dos povos do campo, das florestas e das águas e por caminharem solidariamente com a CPT em Minas Gerais; a Diocese de Leopoldina por ter acolhido a CPT-MG/Sub-região Sudeste (Zona da Mata) há aproximadamente 36 anos; a todas as pessoas que ao longo destas décadas divulgam, acompanham, apoiam e são presença fraterna e solidária junto a CPT; as pessoas (mulheres, homens e jovens) que ao logo de todo estes anos contribuíram e contribuem com o trabalho/ação/missão da CPT como agentes voluntários/voluntárias e agentes liberados/as; a todos os movimentos sociais, pastorais e cooperação internacional pelas contribuições e parcerias com a CPT; e por fim, nosso agradecimento a todas as comunidades camponesas, aos povos e comunidades tradicionais, razão da existência e resistência da CPT desde seu nascimento em 1975 em plena Ditadura Militar até os dias atuais.