A Diocese de Leopoldina celebrou os cinco anos de vida episcopal de dom Edson Oriolo, completados neste sábado, 11 de julho de 2020. A missa em ação de graças foi realizada às 16:00 horas na Catedral de São Sebastião, em Leopoldina (MG), sendo transmitida ao vivo pela página do Facebook da Diocese de Leopoldina.
Em sua homilia, dom Edson destacou o Evangelho de Mateus (Mt 9,35–10,1.6-8), que foi proclamado tanto em sua ordenação sacerdotal e como na episcopal, que narra quando Jesus percorria as cidades e povoados anunciando o Reino dos Céus, curando doenças e enfermidades. Percebeu um povo sofrido, como ovelhas sem pastor, chamando os seus doze discípulos, dando-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e curarem todo tipo de doença e enfermidade.
Dom Edson refletiu sobre o Evangelho e os tempos atuais, ressaltando o chamado de Jesus Cristo e a importância do ministério ordenado como o episcopado, o presbiterato e o diaconato, que são pessoas chamadas a exercer uma missão de garantir a unidade, pastoreando e evangelizando o povo de Deus.
Ao final da celebração, o bispo foi homenageado pelo clero, representado nesta ocasião pelo vice-chanceler do bispado, o Pe. Antônio Márcio Marques de Queiroz, que leu uma mensagem de agradecimento pela condução dos trabalhos na Diocese de Leopoldina. Também recebeu lembranças do Pe. Flávio da Silveira de Souza, cura da Catedral de São Sebastião, além de ser cumprimentados por toda comunidade com mensagens de carinho durante a transmissão.
Confira a íntegra da homenagem.
5 anos de Ordenação Episcopal de Dom Edson Oriolo – Bispo de Leopoldina – MG
“Anunciar as riquezas da misericórdia” (Ef 3,8)
Exmº Revmº Sr. Bispo Dom Edson Oriolo,
Bispo Diocesano de Leopoldina.
Hoje, nossa Igreja Particular de Leopoldina se alegra por celebrar o seu quinto ano de Ordenação Episcopal, tendo-o como nosso Pastor, conduzindo-nos rumo à vontade do Pai. Sabemos que a imagem do Pastor é muito cara ao contexto bíblico, e exatamente esta imagem é usada por Nosso Senhor Jesus Cristo, porque Ele é o Bom Pastor, capaz de entregar totalmente Sua Vida pelas ovelhas, mesmo aquelas mais afastadas ou desgarradas do rebanho. Algumas vezes é preciso que o Pastor caminhe a frente das ovelhas, conduzindo-as com segurança, outras vezes o Pastor deverá ir atrás das ovelhas, impulsionando-as para que não desanimem do caminho e, algumas vezes, o Pastor deverá caminhar ao lado das ovelhas, num sentido de parceria e comunhão explícita.
Acreditamos, estimado Dom Edson, que o senhor foi escolhido para ser este bom Pastor em nosso meio, e confiamos que, com discernimento e misericórdia, o senhor tem nos mostrado o caminho seguro para chegarmos ao Coração do Pai e ao coração dos irmãos. Infelizmente sua chegada em nossa diocese foi marcada por desventuras, hora climáticas como as chuvas e enchentes que impediram inclusive muitos de participar fisicamente de sua posse canônica; e logo após, a Pandemia que assola o mundo e tem nos apresentado um “novo normal”. Mesmo diante destes fatos, sua presença e palavra de Pastor tem chegado a muitos corações por diversos meios, seja pelos seus escritos, pelas lives, pelos vídeos divulgados, pelas reuniões online; incansavelmente o senhor tem nos proporcionado conforto e incentivo. Pessoalmente, percebo sua grande preocupação em cuidar de nossos padres, especialmente restaurando corações que estão feridos. Acredito que esta é a mais sublime missão do bom pastor, curar os corações feridos, oferecendo-lhes o bálsamo da misericórdia e da ternura; só alguém cheio do Espírito de Amor pode agir assim e nos conduzir desta maneira. Deus seja louvado por sua vocação ao sacerdócio, revestido da missão episcopal, que faz transbordar para todos nós, a misericórdia que brota do Coração de Cristo.
Recordemos, brevemente, o tríplice múnus (serviço) da missão episcopal. O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 888 nos recorda que os bispos exercem o ofício de ensinar: ‘Os bispos, com os presbíteros seus cooperadores, «têm como primeiro dever anunciar o Evangelho de Deus a todos os homens», conforme a ordem do Senhor. Eles são «os arautos da fé», que trazem a Cristo novos discípulos, e os «doutores autênticos» da fé apostólica, «munidos da autoridade de Cristo». Os bispos também exercem o ofício de santificar (par. 893): ‘O bispo e os presbíteros santificam a Igreja com a sua oração e o seu trabalho, bem como pelo ministério da Palavra e dos sacramentos. E também a santificam com o seu exemplo, atuando «não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas como modelos do rebanho» (1 Pe 5, 3). Assim «chegarão, com o rebanho que lhes está confiado, à vida eterna». E ainda exercem o ofício de governar, conforme parágrafo 894: “«Os bispos dirigem as suas Igrejas particulares, como vigários e delegados de Cristo, mediante os seus conselhos, exortações e exemplos; mas também com a sua autoridade e com o seu poder sagrado», que, no entanto, devem exercer para edificação naquele espírito de serviço que é próprio do seu Mestre”.
Este tríplice múnus, entretanto, só pode exercido na verdadeira Caridade pastoral que une Cristo, Bom Pastor, ao seu rebanho – Sua Igreja presente no mundo. O senhor, Dom Edson, no seu lema de ordenação episcopal, assinalou: Anunciar as riquezas da misericórdia. Desta forma, ensinar, santificar e governar, serão gestos, em seu ministério, marcados pela misericórdia e pela compaixão. Somos imensamente gratos a Deus, Pai de infinita misericórdia, por ter nos proporcionado um Pastor cujo coração é misericordioso e, a cada dia, tem nos aproximado mais da Ternura que brota do coração da Trindade. Que o ministério do senhor seja cada vez mais fecundo em bênçãos, para sua própria vida e para santificação de toda a Igreja. Deus seja louvado!
Pe. Antonio Marcio Marques de Queiroz
Vice-Chanceler do Bispado
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5 ANOS DE VIDA EPISCOPAL
Dom Edson José Oriolo dos Santos tem 55 anos de idade e completou neste sábado, 11 de julho de 2020, 5 anos de ordenação episcopal.
Sacerdotes, bispos, o Povo de Deus, religiosos e religiosas de diversas regiões do Brasil e do mundo enviam cumprimentos ao bispo pela data, principalmente da Igreja Particular de Leopoldina que, através do vigário geral, padre Volnei Ferreira Noro, representando todo o clero, publicou uma mensagem cumprimentando dom Edson pela data.
“Em nome da Diocese de Leopoldina e do nosso clero, rogo ao bom Deus que continue a abençoar nosso Bispo Dom Edson José Oriolo dos Santos, por ocasião dos seus 5 anos de vida Episcopal, vida a serviço da Igreja, ao povo de Deus e a inúmeros sacerdotes. Parabéns e felicidades”, comentou.
Dom Edson foi sagrado bispo no dia 11 de julho de 2015, sendo nomeado pelo Papa Francisco para a Arquidiocese de Belo Horizonte, na Capital mineira. A celebração aconteceu na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, onde exerceu a função de sacerdote e cura desse templo católico.
Dom João Bosco Oliver de Faria foi quem ordenou dom Edson como sacerdote, em 1990 e, bispo, em 2015. Na ocasião de sua posse episcopal ele fez um discurso lembrando a trajetória de dom Edson desde o seminário, dizendo que sua família foi sempre a força propulsora e sustentadora de sua vocação sacerdotal.
“Eu o recebi no seminário quando ele tinha apenas 13 anos. Era muito apegado à família. Seminarista novo, quantas vezes o vi chorar pelos corredores do seminário. Sempre pensava que ele não ia voltar, mas o chamado de Jesus ecoava forte no seu coração e ele sempre voltava. Sua família foi o seu apoio na fidelidade ao sacerdócio”, comentou.
Sobre dom Edson José Oriolo dos Santos.
Ele é filho de José Eugênio dos Santos e Alzira Oriolo dos Santos (in-memorian), nascido no dia 18 de setembro de 1964, em Itajubá (MG). Aos 13 anos de idade entrou para o Seminário Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre, onde também formou-se em filosofia. Foi ordenado padre no dia 05 de maio de 1990, por dom João Bosco Oliver de Faria, na Matriz São José Operário, em sua terra natal.
Além da formação filosófica, tem graduação em teologia pelo Instituto Teológico Sagrado Coração de Jesus, de Taubaté (SP). Fez mestrado em Filosofia Social pela PUC Campinas; É especialista em Aristóteles, pela Unicamp; em Marketing, pela Universidade Gama Filho, onde também fez a pós-graduação em Gestão de Pessoas.
Na Arquidiocese de Pouso Alegre foi vigário paroquial da Paróquia São Sebastião, em São Sebastião da Bela Vista; Vigário paroquial da Paróquia São Francisco de Paula, em Ouro Fino; Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Borda da Mata; Pároco da Paróquia Bom Jesus e Cura da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre.
Como docente, trabalhou no Seminário da Arquidiocese de Pouso Alegre, onde foi professor de várias disciplinas do curso de filosofia. Também atuou como Promotor de Justiça do Tribunal Eclesiástico da Arquidiocese.
No dia 15 de abril de 2015 foi nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, sendo celebrada a sua Ordenação Episcopal no dia 11 de julho de 2015 na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre. Em 30 de outubro de 2019 foi nomeado pelo Papa Francisco como novo bispo da Diocese de Leopoldina.
BRASÃO EPISCOPAL
O lema episcopal “EvangelizareMisericordiae e Divitias”, baseado na Carta de São Paulo aos Efésios (3,8), significa “Anunciar as riquezas da misericórdia”. No brasão episcopal de dom Edson Oriolo predominam as cores azul e vermelha. Há uma cruz em ouro, que faz alusão ao Senhor Bom Jesus Crucificado, titular da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, onde o bispo exerceu seu ministério sacerdotal. O Sagrado Coração de Jesus, manifestação do “segredo mais íntimo de Deus Pai – a misericórdia”(São Vicente de Paulo) – faz-se representar sobre o vértice da cruz. Do Coração abrasado de caridade, brotam dois raios cujas cores aludem ao sangue e à água que jorram do lado aberto do Senhor Jesus (Jo 19,34), na forma dos sacramentos e das graças do Divino Espírito Santo.
As chaves decussadas, em prata, representam a Igreja, Corpo de Cristo e Povo de Deus reunido em nome da Trindade (LG4). Aludem a São Pedro e a seu sucessor, o Papa, e significam a fidelidade irrestrita ao primado romano, princípio visível de comunhão na caridade (CD2).
A flor-de-lis, em prata, é referência a São José. Alude também à sua Paróquia de origem e à sua cidade, Itajubá (MG), da qual é o primeiro filho bispo. A estrela de sete pontas, em prata, faz alusão a Maria Santíssima, medianeira de todas as graças e instrumento especialíssimo de Deus para manifestar aos homens sua eterna Misericórdia. A estrela descansa em amplo campo que evoca o vergel do Monte Carmelo. É uma referência a Nossa Senhora do Carmo, em cuja Paróquia o bispo exerceu por longos anos seu primeiro paroquiato e à qual filialmente consagra o seu ministério episcopal. (Fonte: Arquidiocese de Belo Horizonte)
