A Paróquia Nossa Senhora da Encarnação, localizada no município de Guiricema, na Zona da Mata Mineira, celebrou nesta terça-feira, 19 de julho de 2022, seus 150 anos de criação.
O Pe. Almir Pereira Lopes (pároco), comentou que foi um dia de festa, pois são 150 anos à serviço do Reino de Deus, sendo celebrada uma Santa Missa em Ação de Graças pelo momento júbilo.
O sacerdote informou ainda que desde o início do mês a imagem de Nossa Senhora da Encarnação tem sido levada em todas as capelas que compõem o território paroquial, sendo lembrado durante as celebrações de pessoas que ajudaram a construir sua história, como os bispos, padres e leigos, reverenciando este momento importante na vida da comunidade paroquial.
A data também marcou a inauguração do letreiro que destaca o nome do Centro Catequético Padre Jurandir Márcio Rezende Coelho, que foi pároco e prefeito municipal de Guiricema (MG).
À noite, foi rezado o Santo Terço, seguida de uma celebração eucarística presidida pelo padre Almir. Encerrando as festividades do dia, os paroquianos participaram de uma noite de caldos.

Pe. Almir Pereira Lopes, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação (Crédito de imagem: Alexandre A. Silva)
Para o seminarista Gustavo Vaz de Melo, filho da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação, celebrar os 150 anos de uma paróquia é celebrar a história e a vida de um povo que, ao longo de todos esses anos, contribuíram para que se formasse aquilo que hoje conhecemos como Paróquia Nossa Senhora da Encarnação.
“Por isso, com grande júbilo elevamos nosso agradecimento a Deus por tantas bençãos e graças recebidas em todo esse tempo”, destacou.
Seminarista Gustavo Vaz de Melo, filho da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação. (Crédito de imagem: Alexandre A. Silva)
HISTÓRIA DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO
Nos primórdios do surgimento do povoado de Arraial dos Bagres, hoje município de Guiricema, por volta do final do século XVIII, a região foi habitada pelo desbravador português Furriel José Lucas Pereira dos Santos, acompanhado de sua família e escravos, fixando residência nessa região, edificando a sede de sua fazenda em 1810.
Com a morte de sua esposa, D. Tereza Maria de Jesus, em 24 de novembro de 1825, Furriel José constitui o patrimônio onde foi erguida a Capela de Nossa Senhora da Encarnação, em honra à sua querida esposa falecida.
O Ato Regencial foi expedido pelo Governo Imperial Brasileiro no dia 16 de setembro de 1836, autorizando a construção da capela com a justificativa de que os moradores do Ribeirão dos Bagres, Freguezia do Prezidio de São João Batista, então Bispado de Mariana, tinham dificuldades de comparecer aos atos religiosos em virtude das enchentes na região e pela e distância da dita freguesia.
A autorização possibilitou que o Arraial dos Bagres fosse elevado à capelania, sendo construída a referida capela, onde o corpo da senhora Tereza Maria de Jesus foi transladado.
A Lei nº 758 de 02 de maio de 1856 definiu que o curato dos Bagres passasse a pertencer à paróquia de Santa Ana do Sapé, criada pela mesma lei.
A criação da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação dos bagres viria ocorrer mais tarde, pela Lei nº 1899 de 19 de julho de 1872, quando o Curato dos bagres foi elevado à categoria de freguesia.
As primeiras tratativas para a construção da nova matriz foi discutida em reunião realizada no dia 17 de janeiro de 1916, com a participação dos seguintes cidadãos: Adeodato de Almeida, Francisco de Paula Gouvêa, Francisco Aguiar, Sebastião de Vasconcelos, João Lourenço da Silva, Luiz Coutinho e João Carneiro.
O antigo templo, erguido em 1836, foi demolido no dia 03 de julho de 1916. A pedra fundamental da nova matriz foi lançada no dia 26 de agosto de 1916, sendo realizada a primeira celebração eucarística no dia 17 de setembro de 1917, marcando a transladação do Santíssimo Sacramento e da imagem da padroeira que estavam na Igreja do Rosário. Também nessa data foi instalado o sino na torre da Igreja.
A inauguração da matriz aconteceu no dia 23 de setembro de 1917, com a bênção dada pelo vigário Belchior Homem da Costa, acolitado pelo Pe. Antônio Corrêa, vigário de Visconde do Rio Branco e Pe. José Barreto, vigário de Baependi. Foi orador oficial o Pe. João Rodrigues de Oliveira, vigário Geral de Belo Horizonte.
RELAÇÃO DOS PADRES QUE EXERCERAM SEU MINISTÉRIO SACERDOTAL NA PARÓQUIA
1º Padre Francisco Savino Philó
2º Padre Floriano de Souza Monteiro
3º Padre Severiano Anacleto Varela
4º Padre Antônio Corrêa Lima
5º Padre Joaquim Silvério de Souza Telles
6º Monsenhor João Facundo Martins Chaves
7º Padre Belchior Homem da Costa
8º Padre Joaquim Martins
9º Padre Lúcio de Oliveira Benfica
10º Padre Marcial Muzzi do Espírito Santo
11º Padre Sudário Maria Moreira Mendes
12º Padre Lincoln Ramos
13º Padre Geraldo Pelzers MSC
14º Frei Osório da Silva Santos OFM
15º Frei Filipe Tiago Broers OFM
16º Frei Metódio de Hass OFM
17º Padre José Cândido Dinis
18º Padre Geraldo Moura
19º Frei Davi de Miritiba OFM
20º Padre Paulo Fadda
21º Padre Galdino da Rocha Passos
22º Monsenhor João Gomes Bueno
23º Padre João Bentjes
24º Padre Humberto Van de Lindem
25º Padre Olavo de Almeida
26º Padre Vinícios Santos e Silva (1974 a 1976)
27º Padre João Argolo
28º Padre Vinícios Santos e Silva (1976 a 1981)
29º Padre Edson Campos
30º Padre Ruaro Cândido da Silva
31º Padre Alexandre dos Santos Ferraz
32º Padre Jurandir Márcio Rezende Coelho
33º Padre Antônio Luiz da Silva
34º Padre Cláudio da Silva
35º Padre Carlos Henrique Mariosa
36º Padre Jailson da Silva
37º Padre José Cambraia de Oliveira Júnior
38º Padre Almir Lopes (Atual)
Assessoria de imprensa da Diocese de Leopoldina, com fotos de Alexandre (@alexandrephotografia) e informações contidas no estudo realizado pelo senhor Leonardo Araújo Ferraz, cujo teor pode ser acessado clicando aqui.


