A Diocese de Leopoldina tem acompanhado a gradativa superação da crise sanitária para retomar algumas iniciativas eclesiais-diocesanas e, consequentemente, o funcionamento de suas atividades pastorais.
Recentemente, o bispo diocesano enviou um comunicado a todos os sacerdotes da Igreja particular de Leopoldina sobre o desejo de formar uma representação de fiéis para atuarem no Dia de Finados (comemoração de todos os fiéis defuntos), quando muitas pessoas visitam os cemitérios e participam das celebrações para significar, ou ressignificar, espiritualmente as saudades, o luto, a frustação e a perda.
Dessa forma, foi promovido um encontro no dia 09 de outubro, no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, em Leopoldina (MG), com alguns representantes de cada paróquia da Pastoral da Esperança, para participarem de um momento de reflexão e oração com o bispo e padres.
Dom Edson Oriolo comentou que muitas marcas e traumas foram gerados pela pandemia, com drásticas consequências culturais dessa experiência. “A relação com a morte é um dos aspectos centrais dessa crise e de suas possíveis consequências como as indiferenças, massificação, pânico, insegurança e isolamento”.
Após a abertura do evento, o padre Paulo Roberto, reitor do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe, ministrou formação sobre ‘Escatologia’; Em seguida, o padre Wanderson conduziu um momento de espiritualidade através de músicas.
Bruno Ferraz Teixeira, da Paróquia São João Batista, de Visconde do Rio Branco, elogiou o encontro, dizendo ser muito importante para a Pastoral da Esperança. “Conversando com alguns membros, ouvi que não tiveram um momento tão importante de formação como este que está acontecendo hoje. Agrademos a Deus e à diocese pela iniciativa de organizar, a nível diocesano, a Pastoral da Esperança, tendo o cuidado para com essa pastoral que cuida de um momento tão delicado para as famílias dos nossos irmãos falecidos”, disse.
Para Marlene da Conceição Medeiros, da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição de Muriaé (MG), encontro foi muito gratificante. “Foram palestras, conselhos e sugestões que fizeram enxergar melhor meu compromisso de cristã, pertencente a uma Pastoral, que deve estar ao lado de quem sofre . Precisamos ser sinal de vida onde estão celebrando a morte.As presenças de dom Edson e vários padres é tudo que esta Pastoral precisava, para reacender a Esperança.Iniciamos, assim, um novo tempo. Senti um recomeço, cada um em sua Paróquia, unidos a uma mesma Igreja “ comentou.
Segundo o coordenador de pastoral, padre Agnaldo dos Reis Ferraz, o objetivo é de articular e estruturar, à nível diocesano, a Pastoral da Esperança. O sacerdote comentou ainda que uma grande ação em toda a diocese será realizada no dia de Finados, com distribuições de ‘flyers’ nos cemitérios com uma mensagem e oração do bispo diocesano.
A expectativa é que nos próximos dias os membros das pastorais se reúnam para articular as ações que serão desempenhadas em cada cemitério, para que este momento de recolhimento e orações seja acolhedor nos 34 municípios da Diocese de Leopoldina.
“Foi uma manhã frutuosa com expressiva participação dos leigos, leigas e padres. É um momento de amor, solidariedade, partilha, de sofrer com os familiares que choram ilutados com seus entes queridos”, comentou o coordenador de pastoral.
Padre Agnaldo disse ainda que chamou muito sua atenção a sensibilidade dessas pessoas, que estão comprometidas com a ação missionárias da Igreja, dando suporte aos familiares ilutados.
“Minha gratidão a todos que exercem esse ministério bonito, que recolhem as lágrimas e ajuda com palavras amigas”, finalizou.