Tradicionalmente a Festa de Corpus Christi é celebrada com multidões que acompanham o Santíssimo Sacramento pelas ruas das cidades, onde são criadas ornamentações com tapetes coloridos de inspiração religiosa.
Neste tempo conturbado de pandemia, a população não esteve presente nos templos católicos para assistirem as missas, tampouco enfeitar as vias públicas em vários pontos como de costume. Algumas paróquias e comunidades embelezaram os corredores centrais da Igreja, publicando os registros em suas redes sociais, mantendo a tradição popular.
Pelas redes sociais ou veículos de comunicação, os fiéis acompanharam as transmissões da solenidade. Além disso, muitos sacerdotes passaram pelas ruas com o Santíssimo Sacramento em cima de veículos, sendo observados de longe pelos fiéis, que tiveram a oportunidade de um momento presencial de adoração.
Na Catedral de São Sebastião, Sé episcopal localizada no município de Leopoldina (MG), o bispo diocesano dom Edson Oriolo, presidiu a solenidade de Corpus Christi, transmitida ao vivo pela página da Diocese de Leopoldina no Facebook e por seu canal no Youtube. Ao final da celebração, o ele percorreu o corredor central até o portal principal da catedral, abençoando a cidade.
Em sua homilia, explicou o significado da celebração, que faz memória ao culto da eucaristia e não de sua instituição, que acontece na quinta-feira da Semana Santa. Ele esclareceu que a solenidade de Corpus Christi celebra o Corpo de Cristo, sendo uma comemoração litúrgica que ocorre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, onde todos nós somos chamados a refletir sobre a Eucaristia.
“Corpus Christi é a festa do Corpo de Deus. É um grande tesouro da Igreja e uma riqueza que Jesus nos deixou. É um momento de encontrar com Deus, através do sacramento”, comentou.
Dom Edson mencionou o papa Leão I, que já dizia sobre o Sacramento da Eucaristia ser uma maneira de perceber Jesus. Citou São Tomás e sua concepção sobre o sacramentos, que faz lembrança do passado (Paixão do Senhor) e do presente, relacionado a unidade da Igreja com a participação da comunhão.
Falou sobre a Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, do Papa João Paulo II, que descreve ser um tesouro inestimável “não só a sua celebração, mas também o permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da graça”. Já na Carta Apostólica Mane Nobiscum Domine, enfatiza que é um grande mistério a ser celebrado, adorado e contemplado.
Por fim, citou as pastorais, movimentos, comunidades religiosas e todos que vivenciam a dinâmica do culto a Eucaristia, citando diversos momentos como a Hora Santa e congressos que valorizam cada vez mais esse sacramento.
