No dia em que celebramos a Exaltação da Santa Cruz, o bispo da Diocese de Leopoldina, Dom Edson Oriolo, presidiu uma Solene Celebração Eucarística na manhã de sábado, 14 de setembro de 2024, na Igreja Matriz Senhor Bom Jesus, em Argirita (MG). A Missa contou com a participação do pároco, padre Maycon Zeni Gonçalves, e da comunidade local, que participou com devoção e fé. Durante a celebração, Dom Edson e o pároco administraram o Sacramento da Unção dos Enfermos, trazendo conforto espiritual aos fiéis presentes.
À tarde, dom Edson presidiu celebração eucarística na Comunidade Senhor Bom Jesus, na zona rural de São Sebastião da Vargem Alegre (MG), num local conhecido como Água Santa ou Bom Jesus da Floresta, localizada na divisa com Ervália (MG). O local recebe peregrinos de diversas circunscrições eclesiásticas, que se dirigem a este lugar sagrado para rezar e levar suas garrafas para encher com a água das minas que brotam na região, origem do nome do local, e que há tempos atrai fiéis em busca de graças, gerando muitos frutos espirituais desta intensa devoção. A Santa Missa foi concelebrada pelo pároco da Paróquia de São Sebastião, padre Douglas Pereira Paul.
Na reflexão do dia, dom Edson Oriolo falou sobre o aspecto histórico da Exaltação da Santa Cruz, fazendo memória daquilo que, no passado, seria um instrumento de execução muito cruel, sendo os condenados submetidos a humilhação pública, carregando a cruz pelas ruas para que todos testemunhassem o seu sofrimento.
Lembrou que a ressurreição de Cristo deu um novo significado à cruz, transformando-a, de um símbolo de humilhação, em um sinal de vitória e redenção. Destacou que nos primeiros séculos da Igreja, a crucificação ainda era uma realidade, mas com a influência do Papa São Silvestre e o imperador Constantino, essa prática chegou ao fim. A partir de então, a cruz se tornou um símbolo de redenção e santidade.
Dom Edson mencionou a carta apostólica Salvifici Doloris, de João Paulo II, que descreve sobre o sofrimento humano, lembrando que a cruz faz parte da nossa vida desde o nascimento. “O primeiro gesto que o sacerdote faz ao batizar uma criança é o sinal da cruz na testa”, comentou o bispo. Também destacou que, ao final da vida, no cemitério, vemos as cruzes que acompanham aqueles que partiram, demonstrando que ela está presente do início ao fim da nossa existência.
“Hoje, ao celebrarmos este mistério, somos chamados a refletir sobre as cruzes que carregamos: o sofrimento, a dor, a doença, a tristeza. Quantas cruzes enfrentamos em nossas vidas! E diante disso, somos convidados a fazer uma escolha: assumir ou arrastar nossas cruzes. Somos convidados a abraçar a cruz com fé e coragem, com a cabeça erguida, sabendo que, embora seja doloroso e difícil, que fere a alma, é importante termos fé. A lógica de Deus, muitas vezes, nos parece diferente, mas devemos confiar que Ele nos dá a força necessária para carregar a nossa cruz. Como disse Santo Agostinho, “Vive bem quem reza”. A vida é cheia de dificuldades, mas a fé e a oração nos sustentam.”, concluiu.