“Eis que sou o vosso servo, ó Senhor!” é o lema de ordenação sacerdotal, do agora padre Márcio José Ferreira Júnior, que respondeu ao chamado de Deus para servir a Jesus Cristo e à Igreja. Pela imposição das mãos de Dom Edson Oriolo, bispo de Leopoldina, e pelo abraço fraterno de todo o clero, a Diocese de Leopoldina acolheu mais um filho para o segundo grau do ministério da Ordem.
A Solene Celebração Eucarística com o rito de ordenação aconteceu na manhã deste sábado, 27 de novembro de 2021, na Comunidade Imaculada Conceição, localizada em Sereno. O pequeno distrito de Cataguases (MG) é atendido pela Paróquia Sant’ana, do município vizinho de Santana de Cataguases, onde o padre Márcio desenvolveu sua vocação, participando ativamente da Catequese e outras frentes de trabalhos.
A cerimônia foi marcada por muita emoção, de modo especial, para os familiares do ordenando e para todos que acompanharam sua trajetória de vida, de estudos e entrega ao serviço pastoral. A ordenação sacerdotal foi bela e revestida de um esplendor particular, preparada com muito carinho pela comunidade, sob a liderança do padre Juliano Régis do Carmo, administrador paroquial da Paróquia Sant’ana.
Muito momentos foram marcantes, como a vestição feita pelos seus padrinhos eclesiásticos Pe. José Carlos Leite e Pe. Edmilson Ferreira de Souza; a imposição das mãos do bispo diocesano; oração consecratória e a unção com o Santo Crisma nas palmas das mãos de Márcio Ferreira, que foram amarradas com uma fita larga, retirada em seguida por sua mãe, a senhora Dineia Ribeiro.
Também estiveram presentes na celebração diversas autoridades do poder executivo e legislativo dos municípios de Cataguases e Santana de Cataguases, além dos padres que receberam com alegria o novo irmão, abençoando-o e acolhendo-o com um fraterno abraço.
Em homilia, dom Edson Oriolo fez profundas reflexões sobre o rito da ordenação presbiteral, da graça e o caráter presbiterais, além de algumas expressões como ‘Sacerdos Alter Christus (o sacerdote é um outro Cristo), destacando a dedicação ao Evangelho e à comunidade confiada.
Também comentou sobre a atuação do presbítero “na pessoa de Cristo” (In persona Christi Capitis), citando um trecho da exortação apostólica ‘Pastores dabo Vobis’, que destaca: “O Senhor estabelece uma estreita conexão entre o ministério confiado aos Apóstolos e a sua própria missão – quem vos acolhe, acolhe a mim, e quem me acolhe, acolhe aquele que me enviou (Mt 10,4)”.
O bispo enfatizou que os ministros ordenados são chamados a prolongar a presença de Cristo, o único e Sumo Pastor. Na paróquia, deve entregar-se totalmente. Concluiu sua homilia citando trechos de uma audiência do Papa Francisco realizada em 2014, comentando que o pontífice nos ensina que o ministro ordenado deve se colocar como “chefe da comunidade”, isto é, colocar a própria autoridade a serviço, como Jesus demonstrou e ensinou aos seus discípulos; “ser apaixonado pela Igreja”, dedicar-se inteiramente à própria comunidade, amando-a com todo o seu coração e “reavivar sempre o dom sacerdotal” através da oração, da escuta da Palavra de Deus e da celebração cotidiana da eucaristia, mas também com a frequência ao sacramento da penitência.
Desejou que o padre Márcio possa vivenciar seu ministério sob o olhar materno de Maria. Cantando com ela o Magnificat, rendendo graças pelo dom recebido, se colocando sempre a caminho, apressadamente, para servir o povo de Deus, juntamente com seu bispo e com seus irmãos presbíteros.
“A Maria entregamos e confiamos o seu ministério e que ela, como mãe amorosa, sempre interceda por você, a fim de que seja fiel aos compromissos hoje assumidos”.
Nos ritos finais, o padre Márcio José Ferreira Júnior fez um pronunciamento de agradecimento a muitas pessoas, destacando o seu lema “Eis que sou o vosso Servo, ó Senhor” como uma busca constante para configurar o seu ministério sacerdotal pleno e eterno de Cristo.
“Um sacerdócio que vive sua realeza máxima no serviço aos irmãos, sobretudo aqueles que mais necessitam. O servo vive na humildade da observância de cada detalhe da vida, do modo, do estilo e do pensamento de seu Mestre, por isso, ao assumir esse ideal de sacerdote servo, buscarei com alegria em meu coração, viver a inquietante e bela busca de configurar-me diariamente a cada ponto da vida, do modo, do estilo e do pensamento de meu Mestre Jesus”, exclamou.
SOBRE O PE. MÁRCIO FERREIRA JÚNIOR
Márcio José Ferreira Júnior nasceu no dia 06 de janeiro de 1996, em Cataguases (MG). É o filho de Marcio José Ferreira (in memoriam) e Dineia Ribeiro Bernardes Ferreira. Tem uma irmã de 15 anos – Maria Júlia Bernardes.
Há nove anos participou dos encontros vocacionais da Diocese de Leopoldina, sendo incentivado pelo padre José Carlos Leite em seu discernimento inicial. No ano seguinte, ingressou no Seminário Propedêutico Santa Rita de Cássia, em Cataguases (MG) e, em 2015, no Seminário Diocesano Nossa Senhora de Guadalupe, em Juiz de Fora. Cursou filosofia e teologia pela UniAcademia – JF.
No dia 11 de fevereiro de 2021, recebeu os ministérios de leitor e acólito no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida, em Leopoldina (MG), em celebração presidida por dom Edson Oriolo.
No dia 19 de março de 2021 foi ordenado diácono, na Igreja Matriz São José Operário de Leopoldina (MG), juntamente com Fernando José de Freitas, com imposição de mãos de dom Edson Oriolo.
Exerceu seu ministério diaconal na Paróquia São Cristóvão e Imaculada Conceição, em Cataguases (MG), durante o período de 07 de maio de 2021 até o dia 27 de novembro de 2021, ocasião em que foi nomeado pároco dessa paróquia.