Há 40 anos foi instituído no Brasil o mês vocacional, motivado pelas celebrações do Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Um propulsor dessa iniciativa foi então bispo da diocese de Santo Ângelo (RS), dom Aloísio Lorscheider, que sugeriu uma data relacionada à memória a São João Maria Batista Vianney, o padroeiro do clero, cuja festa litúrgica é celebrada no dia 04 de agosto.
Em 1974, durante o Encontro Nacional de Pastoral Vocacional, realizado no Rio de Janeiro, a iniciativa ganhou força e, desde então, as regionais da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, promovem ações durante todo o mês de agosto, reverenciando as vocações dos diáconos, presbíteros e bispos (ministérios ordenados); Na segunda semana, a Pastoral Familiar celebra a vocação da família, durante a Semana Nacional da Família; Na terceira semana, são lembradas as pessoas de vida consagrada, que são aquelas que fazem os votos de Castidade, Pobreza e Obediência, celebrando a Semana Nacional da Vida Consagrada; Na quarta semana, é a vez dos cristãos leigos e leigas, sendo encerrado no último domingo o Dia dos Catequistas.
A Pastoral Vocacional da CNBB preparou um livreto com o tema ‘Amados e Chamados por Deus e o lema “És precioso a meus olhos… Eu te amo” (Is 43,4), que contém subsídios e sugestões para celebrações do Mês Vocacional.
Já a Pastoral Vocacional da Diocese de Leopoldina, preparou uma série de vídeos que serão publicados durante o Mês Vocacional, com testemunhos de pessoas dedicadas à missão de evangelização. O padre Rodrigo de Carvalho, assessor eclesiástico da Pastoral Vocacional, fez um convite às paróquias e comunidades eclesiais missionárias a celebrarem o mês vocacional, divulgando os vídeos produzidos pela Diocese, bem como o livreto disponibilizado pela CNBB.
Sobre o monsenhor Antônio José Chámel
Antônio Chámel nasceu no dia 29 de janeiro de 1934, no então Distrito de São Geraldo, que pertenceu ao município de Visconde do Rio Branco. Os seus pais vieram do Líbano para morar no Brasil. A sua mãe Da. Gurra Habibi José foi uma religiosa que inspirou toda a família. Ela rezava o terço de Nossa Senhora todas as noites e tinha o hábito da comunhão diária. O seu pai, o Sr. Chámel José, foi companheiro de estudo de Khalil Gibran, poeta, filósofo e pintor do mundo árabe, reconhecido internacionalmente.
Antônio Chámel é o mais novo da família de cinco filhos: Judith (in memóriam), Júlia, Miguel (in memóriam) e Oiliam José (in memóriam), esse último, foi advogado, professor, escritor, historiador, presidente da Congregação Mariana e membro da Academia Mineira de Letras.
Com apenas dois meses de vida, mudou-se para a cidade de Visconde do Rio Branco, onde fez o curso primário. A sua família foi inspiração para se tornar padre e, com apenas onze anos de idade, iniciou os seus estudos no Seminário Menor de Mariana, cursando o ginasial, o segundo grau, além da formação acadêmica em filosofia e teologia.
Quando a Diocese de Leopoldina foi criada, ele tinha apenas sete anos de idade e recorda quando o vigário anunciou na missa em Visconde do Rio Branco a desvinculação da Arquidiocese de Mariana.
Antônio José Chámel não assistiu a posse o primeiro bispo diocesano, mas, tão logo foi ordenado padre no dia 08 de dezembro de 1956, foi designado por Dom Delfim Ribeiro Guedes para trabalhar na Diocese de Leopoldina.
Foi educador no Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, onde atualmente funciona o Centro Pastoral Dom Reis. Também foi professor na Escola Estadual Professor Botelho Reis até o final do ano de 1991, quando se aposentou do magistério.
Durante 33 anos foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, no Distrito de Piacatuba, em Leopoldina. Também foi pároco da Igreja Nossa Senhora do Rosário, vigário da Catedral de São Sebastião, administrador paroquial de paróquias em Angustura (Além Paraíba) e Santo Antônio do Aventureiro. É capelão do Asilo Santo Antônio de Leopoldina, onde celebra missas há 37 anos.
Trabalhou com todos os sete bispos, ocupando cargos como reitor, ecônomo e professor do Seminário Menor Nossa Senhora Aparecida, além de chanceler e ecônomo da Diocese de Leopoldina.