Um dos pontos altos da Semana Santa é a Missa do Crisma, presidida por Dom Edson Oriolo e concelebrada por todo o clero na Catedral de São Sebastião, sé episcopal da Diocese de Leopoldina. A Solene Celebração Eucarística foi realizada na manhã desta Quinta-feira Santa, 06 de abril de 2023, contando com a participação de religiosos, religiosas, diáconos, seminaristas, consagrados, representantes das paróquias, familiares dos ministros ordenados, colaboradores da cúria e paróquias, bem como tantas outras forças vivas da Diocese de Leopoldina.
A Missa do Crisma é considerada uma das celebrações mais solenes e importantes do ano litúrgico, marcada pela renovação das promessas sacerdotais de todo o clero, pela bênção dos Óleos do Batismo, Enfermos e consagração do Óleo do Santo Crisma. A celebração também recorda a instituição dos sacramentos e continuidade da tradição sacramental da Igreja.
Neste ano teve um significado especial na caminhada diocesana, homenageando os monsenhores Antônio Luiz da Silva e José Carlos Ferreira Leite, recentemente agraciados pelo Santo Padre, o Papa Francisco, com o título de ‘Monsenhor’. Antes da procissão de entrada na catedral, dom Edson beijou o crucifixo e seguiu junto com os monsenhores para a Capela do Santíssimo Sacramento, onde adoraram, de joelhos, por alguns momentos.
Durante a celebração eucarística, Dom Edson Oriolo, bispo de Leopoldina, lembrou da homilia do Papa Bento XVI, de 1º de abril de 2010, quando refletiu sobre os sacramentos e o óleo. “Em quatro sacramentos, o óleo da bondade de Deus nos que nos toca: no batismo; na confirmação, como sacramento do Espírito; nos vários graus da ordem e, finalmente, na unção dos enfermos, na qual o óleo nos é oferecido como medicamento de Deus que revigora e consola, mas ao mesmo tempo aponta para além da enfermidade, anunciando a cura definitiva da ressurreição” (cf. Tg 5,14).
Também falou sobre a renovação das promessas sacerdotais, que os consagrados fizeram no dia de sua ordenação sacerdotal e que na Missa do Crisma renovam coletivamente. “Renovar e viver o dom da graça recebida significa que precisamos olhar para o altar, para os irmãos sacerdotes, para o povo de Deus, para as comunidades e para o bispo, reafirmando que vale a pena ser sacerdote e servir com amor e alegria esta pequena parcela do povo de Deus que se chama Diocese de Leopoldina”, disse.
Dom Edson Oriolo também fez reflexões sobre “O ser e agir do sacerdote” e a “Santidade do Sacerdote”, endossando que para reavivar o dom espiritual que Deus depositou neles, todos necessitam dos irmãos no presbitério e das pessoas que o amam. “No dia de nossa ordenação sacerdotal, muitas pessoas queridas estiveram comprometidas conosco. As nossas mãos foram ungidas pelo bispo. Em seguida, foram limpas pelos nossos pais, mães, irmãos, avós, tios e pessoas queridas da nossa história de fé. Hoje, nesta celebração, nossa diocese quer, com admiração e profunda gratidão agradecer a essas pessoas. Muitas estão aqui ou representadas e outras junta de Deus”, comentou.
Por fim, endossando a Campanha da Fraternidade deste ano, refletiu sobre o seu tema “Fraternidade e fome” e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16) e anunciou uma iniciativa do Conselho Econômico da Diocese de Leopoldina, como um gesto concreto da campanha da fraternidade, a responsabilidade para com seus colaboradores, concedendo-lhes uma ‘Vale-Cesta Básica’ mensal, em reconhecimento pela dedicação, amor, sensibilidade, transparência e zelo com que vem acolhendo os fiéis, seja na Cúria Diocesana ou nas comunidades paroquiais e eclesiais missionárias.

O ecônomo da Diocese de Leopoldina, padre Marcelo Sérgio Barros, fazendo a entrega dos cartões aos colaboradores da Cúria Diocesana.
SOBRE O TÍTULO HONORÍFICO DE MONSENHOR
O Papa Francisco acolheu o pedido do bispo de Leopoldina em conceder o título honorífico de monsenhor aos padres Antônio Luiz da Silva e José Carlos Ferreira Leite. Dom Edson Oriolo demonstrou gratidão ao Santo Padre e também ao Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giambattista Diquattro, intermediário do pedido junto à Santa Sé. Destacou ainda a bonita trajetória dos sacerdotes, contribuindo com os trabalhos de evangelização na região e apascentando o seu rebanho por onde exerceram o seu ministério.
“Ambos têm um bonito amor pela Igreja e ao Santo Padre, além de um carinho especial para com a Diocese de Leopoldina, demonstrando um espírito de unidade e caridade pastoral. É com muita alegria que o presbitério de nossa diocese agora conta com mais dois Capelões de Sua Santidade”, enfatizou.
Monsenhor é um título eclesiástico honorífico que marca o reconhecimento dos serviços de um sacerdote prestados à Igreja, bem como sua dedicação à palavra de Deus. É solicitado pelo bispo diocesano, por intermédio da Nunciatura Apostólica, sendo considerada uma das maiores horarias concedidas pelo Papa. Os monsenhores, no entanto, não têm autoridade canônica maior do que outro sacerdote, se distinguindo pelo título.
A Missa da Unidade deste ano ficou marcada pela entrega oficial dos títulos honoríficos aos referidos sacerdotes.


SOBRE O MONSENHOR ANTÔNIO LUIZ DA SILVA
Monsenhor Antônio Luiz da Silva nasceu no dia 16 de setembro de 1957, em Guidoval (MG). É filho de João Eduardo da Silva e Cecília Gregória da Silva (In memorian). Em sua terra natal fez os seus primeiros estudos, na Escola Estadual Guido Marliére. De uma família muito religiosa, ainda na infância, participava das Santas Missas todos os domingos, andando cinco quilômetros para chegar até a Igreja. O seu avô materno, o seu pai e primos foram presenças marcantes nas reuniões da Sociedade São Vicente de Paula e nesses encontros, Antônio Luiz da Silva teve o seu despertar vocacional.
Muitos foram os que o influenciaram para seguir a vocação sacerdotal, como o padre José Catarino Umbelino e, sobretudo, o Monsenhor Lincoln Ramos, que trabalhou em Guidoval durante um período de vacância da Paróquia Sant’Ana.
Em 1986 morou com o Cônego Vinícius Santos e Silva na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Ubá (MG), contribuindo com os trabalhos pastorais na referida comunidade paroquial e concomitantemente estudando o segundo grau. Concluiu o ensino médio em 1989, na Escola Municipal Prof. José Alvares Filho, em Guarani (MG), onde trabalhou como seminarista e foi assistido pelo padre Jorge Luiz Passon, então pároco do Divino Espírito Santo.
Já em 1990 foi acolhido no Seminário Diocesano de Juiz de Fora. Com a transferência dos seminaristas para uma casa de formação em Belo Horizonte, o então seminarista Antônio Luiz deu continuidade aos seus estudos de filosofia no Instituto São Thomás de Aquino (1992), além de estudar algumas disciplinas na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Cursou teologia no Seminário Arquidiocesano do Coração Eucarístico de Jesus – Belo Horizonte (1993 a 1996).
Recebeu os ministérios de Leitorato e Acolitato em meados de 1995, na Paróquia São José Operário de Cataguases (MG). Foi ordenado diácono pelo bispo diocesano Dom Ricardo Pedro Chaves, no dia 18 de novembro de 1995, também na Paróquia São José Operário de Cataguases.
Foi ordenado sacerdote por Dom José Belvino, bispo de Divinópolis, no dia 14 de dezembro de 1996, na Igreja Matriz Sant’Ana, em Guidoval (MG).
Trajetória ministerial
– Vigário Paroquial da Paróquia São João Batista, em Visconde do Rio Branco (1997);
– Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Encarnação, em Guiricema (1997);
– Administrador Paroquial da Paróquia São Sebastião, em Visconde do Rio Branco (1997 a 2000);
– Pároco da Paróquia São José, em Tocantins (2000 a 2005);
– Pároco da Paróquia N. Sra. do Rosário, em Cataguases (2005 a 2008);
– Pároco da Paróquia Santo Antônio, em Miraí (2008 a 2013);
– Administrador Paroquial da Paróquia São José, em Leopoldina (2014);
– Administrador Paroquial da Paróquia São José, em Além Paraíba (2014 a 2017);
– Administrador Paroquial da Paróquia São Francisco de Paula, Distrito de Vista Alegre (2017 a 2019);
– Administrador Paroquial da Paróquia Imaculada Conceição e São Cristóvão, em Cataguases (2017 a 2021).
– Atualmente, desde 15 de junho de 2021, pároco da Paróquia Santo Antônio de Santo Antônio do Aventureiro (MG).
SOBRE O MONSENHOR JOSÉ CARLOS FERREIRA LEITE
José Carlos Ferreira Leite nasceu no dia 30 de julho de 1956, em Ubá (MG). É filho de Dilson Ferreira Leite e Enedina Carneiro Leite (In-memoriam). Fez os seus primeiros estudos na Escola Estadual Raul Soares, em sua terra natal; cursou o científico na Escola Botelho Reis, em Leopoldina, quando ingressou no seminário diocesano.
O seu desejo de ser padre surgiu quando tinha oito anos de idade, durante uma visita de sacerdotes da Ordem dos Frades Menores em sua escola. Padre Leite, como é conhecido, é filho da Paróquia São Januário de Ubá (MG), onde foi sacristão por muitos anos.
Dentre suas motivações para seguir o caminho vocacional ele recorda dos momentos de catequese, encontros com os freis, da Cruzada Eucaristia realizada pelas zeladoras do Apostolado da Oração, dos passeios, brincadeiras e participação nas Missas.
Lembra ainda das pessoas que o influenciaram em sua caminhada como a sua tia Dunalva Belline Leite, que o convidava para rezar o terço todos os dias com sua família; de um senhor que o convidava para rezar o Mês de Maria em seu bairro; do Frei Cornélio que, de bicicleta, ia celebrar a Missa nos bairros da cidade; de sua vó Maria José Carneiro Barbosa, que andava longos quilômetros para participar da Santa Missa e de tantas outras pessoas que o incentivou na descoberta de sua vocação.
O ingresso no seminário menor foi realizado em duas etapas: no Pré-Juvenato do Verbo Divino, onde foi convidado para fazer uma experiência como participante do semi-interno, no Seminário de Ubá (MG); Já em 1976, foi convidado pelo então bispo diocesano, dom Gerardo Ferreira Reis, para ingresso no Seminário da Diocese de Leopoldina, residindo na residência episcopal em Leopoldina, sob orientações dos monsenhores Gerardo Naves, Antônio Chámel e Guilherme de Oliveira.
Em 1978, entrou para o Seminário Arquidiocesano Bom Jesus, em Aparecida (SP), ficando até 1979; no ano seguinte, ingressou no Seminário Santo Antônio, em Juiz de Fora (MG), cursando filosofia e teologia entre 1980 e 1983, onde também recebeu o Leitorato e Acoliato, de dom Juvenal Roriz.
Foi ordenado diácono no dia 05 de dezembro de 1982, pelo bispo diocesano dom Gerardo Ferreira Reis, na Catedral de São Sebastião, em Leopoldina (MG), exercendo o diaconato por um ano, nos territórios da Igreja de Leopoldina e de Juiz de Fora.
Sua ordenação presbiteral aconteceu no dia 25 de novembro de 1983, no Ginásio Poliesportivo de Ubá, pela imposição das mãos de dom Gerardo Ferreira Reis, tendo como lema “Como são belos os pés dos mensageiros”.
Presidiu sua primeira Missa no dia 26 de novembro de 1983, na Paróquia São Januário, em sua terra natal.
Trajetória ministerial
Visconde do Rio Branco como auxiliar, entre dezembro de 1983 a março de 1984;
Paróquia Divino Espírito Santo de Guarani;
Paróquia Santana de Guidoval;
Paróquia Santa Rita de Cássia de Cataguases, durante alguns meses, para ajudar os Missionários Claretianos, que exerciam ministério com dificuldades naquela comunidade.
Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Leopoldina;
Paróquia São João Batista de Visconde do Rio Branco, auxiliando na Paróquia São Sebastião de Visconde do Rio Branco;
Paróquia Santo Antônio de Astolfo Dutra;
Paróquia Santana de Santana de Cataguases;
Paróquia Santo Antônio de Miraí;
Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Cataguases;
Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, de Patrocínio do Muriaé;
Atualmente na Paróquia Nossa Senhora das Dores, em Dona Euzébia (MG).
Contribuiu com a Diocese de Leopoldina exercendo, por cinco anos, a atividade de ecônomo, no governo diocesano de Ecônomo Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho;
Foi assessor da Pastoral da Criança e Pastoral da Liturgia, respondendo ao Regional Leste 2;
Participou do Movimento dos Marianos;
Foi vigário forâneo de Cataguases;
Participou do Colégio dos Consultores e Conselho Diocesano;
Pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB – Regional Leste 2) trabalhou nos setores de liturgia e formação dos presbíteros, participando de encontros nacionais, representando o Regional Leste 2.