A Igreja Católica celebra no dia 12 de dezembro a festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina e do Seminário Maior da Diocese de Leopoldina.
A aparição mariana da Virgem de Guadalupe tem origem mexicana e sua imagem fica na Basílica de Guadalupe, localizada na Cidade do México. De acordo com a tradição local, a Virgem Maria apareceu em quatro ocasiões ao índio Juan Diego Cuauhtlatoatzin, além de ser registrada uma quinta apariação a Juan Bernardino, tio de Juan Diego, que recuperou-se de uma enfermidade, tendo uma cura milagrosa, graças à Virgem Maria.
Em sua primeira aparição, datada de 09 de dezembro de 1531, pediu ao índio que fosse construída uma Igreja naquele local. Juan Diego procurou o arcebispo Frei Juan de Zumárraga, mas não conseguiu convencê-lo.
Após inúmeras aparições, o episódio que ficou marcado teria acontecido no dia 12 de dezembro, quando Ela ordenou a Juan Diego colher flores no Monte Tepeyac. As rosas castelhanas foram transportadas na tilma de Juan Diego, uma espécie de tecido dos povos indígenas. Ao encontra-se com o bispo, abriu o manto e as flores caíram no chão. No tecido estava a imagem da Virgem de Guadalupe.
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História da formação eclesiástica na Diocese de Leopoldina
SEMINÁRIO MENOR: No dia 28 de março de 1947, a diocese adquiriu a Chácara da Boa Vista, no bairro Seminário, em Leopoldina, para construir um seminário, cuja pedra fundamental foi lançada no dia 27 de novembro de 1947, data essa considerada o marco inicial do Seminário Diocesano. No início de suas atividades, funcionou provisoriamente nas dependências do Ginásio Leopoldinense e da Casa Paroquial do Curato da Catedral de São Sebastião, sendo inaugurado em 1948, como o nome ‘Nossa Senhora Aparecida’, cujo primeiro reitor foi o padre Guilherme de Oliveira, nomeado pelo bispo diocesano, dom Delfim Ribeiro Guedes. No dia 04 de abril de 1949, dom Delfim nomeia como reitor o cônego Pedro Dias Moreira, que permaneceu até 1953, quando o cônego José Ribeiro Leitão assume as atividades.Com a conclusão das obras em 1950, os seminaristas foram transferidos para o prédio definitivo. Em 1954, as atividades foram paralisadas e retomadas em 1957, sob direção de Monsenhor Antônio José Chámel.
Entre 1965 e 1970 ocuparam a reitoria os seguintes sacerdotes: Pe. Venício Santos Silva, Pe. Élcio Ferreira, Pe. Pedro Lopes de Lima e, finalmente, o diácono Carlos Alberto Cruz Nogueira. Em 1970, as atividades do Seminário Nossa Senhora Aparecida foram encerradas.
Ao longo de sua história, o Seminário Menor da Diocese de Leopoldina foi fechado e reaberto por motivos diversos, entre eles a dificuldade de se manter uma estrutura para abrigar os seminaristas, que recorriam a grandes centros para estudar.
Os primeiros alunos do Seminário Nossa Senhora Aparecida
SEMINÁRIO MAIOR
O Seminário Maior surgiu da necessidade da Diocese de Leopoldina ter a sua própria casa de formação, pois, em 1988, o Seminário Santo Antônio, localizado em Juiz de Fora (MG), passaria a ser apenas um local de estudos, tendo as dioceses a incumbência de providenciar a moradia e gestão da formação de seus seminaristas.
Dessa forma, o então bispo diocesano, dom Sebastião Roque, decidiu comprar um imóvel em Belo Horizonte, com o objetivo de construir uma residência que abrigaria os seminaristas. Durante o ano de 1989 alguns seminaristas estudaram em Belo Horizonte, residindo num imóvel alugado pela Diocese de Leopoldina, no entanto, outros continuaram seus estudos em Juiz de Fora.
Com a transferência de dom Roque, o Monsenhor Waltencyr Alves Rodrigues foi eleito Administrador Diocesano. Em comum acordo com o Colégio de Consultores, acatou a sugestão da Diocese de assumir a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Juiz de Fora, próximo a uma residência onde os seminaristas ficariam hospedados. O padre David José Reis foi indicado pároco e formador dos seminaristas, que estudavam no Seminário Maior Santo Antônio.
Com a chegada de dom Ricardo Chaves Pinto Filho, em 1990, ficou decidido que os seminaristas estudariam, novamente, em Belo Horizonte, onde foi alugado um apartamento próximo a PUC – Pontifícia Universidade Católica. Mais tarde a Diocese viria adquirir um novo imóvel. Surge então o nome do novo seminário: Nossa Senhora de Guadalupe, cujo primeiro reitor foi o padre Paulo Arrighi Franco.
Em 1996, dom Ricardo é promovido a arcebispo de Pouso Alegre. O padre José Antônio Alvarez Muniz foi eleito o novo Administrador Diocesano. Na época, ele constatou a resistência de muitos seminaristas de nossa região para morar em Belo Horizonte. Com isso, a maioria do clero decidiu pela transferência do Seminário Maior Nossa Senhora de Guadalupe para Juiz de Fora, mas apenas no ano de 2000, após a venda do imóvel em Belo Horizonte, a Diocese de Leopoldina conseguiria adquirir seu próprio imóvel, no bairro Grambery, onde foi inaugurada a sua nova casa, tendo como reitor o padre Carlos Roberto Moreira.
Posteriormente, os cursos de filosofia e teologia foram incorporados ao CES – Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora, hoje, UniAcademia – Centro Universitário, cujas aulas são ministradas na sede do Seminário Santo Antônio. Atualmente, o padre Paulo Roberto Gomes é o reitor do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe.