Após um período longo de reformas, a Diocese de Leopoldina reinaugurou na tarde desta segunda-feira, 08 de novembro de 2021, o Seminário Diocesano Nossa Senhora de Guadalupe, em Juiz de Fora (MG), dedicado a formação dos candidatos ao sacerdócio. Atualmente, a instituição acolhe os seminaristas que estão nas etapas discipular e configurativa.
O momento foi marcado por vários ritos que expressam a dignidade do templo e a sacralidade do lugar de culto, como a aspersão com água benta, prece de dedicação, unção do altar, entre outros.
A Solene Celebração Eucarística foi presidida pelo bispo diocesano, dom Edson Oriolo e concelebrada pelo arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira, pelo reitor do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe, Pe. Paulo Roberto Gomes e pelo padre João Victor Melo Martins, membro do Conselho de Formação da Diocese de Leopoldina. Estiveram presentes vários sacerdotes do clero diocesano, diáconos, seminaristas, além do Pe. Jorge Luis Duarte, da Arquidiocese de Juiz de Fora.
Em homilia, o bispo de Leopoldina agradeceu a todos que, no decorrer de décadas, escreveram a história da casa de formação, citando os bispos, reitores, diretores espirituais, confessores, sacerdotes, religiosos, religiosas, benfeitores, professores, funcionários, seminaristas, homens e mulheres de boa vontade.
“Nesta tarde, declino a nossa gratidão carinhosa a Dom José Eudes, Bispo de São João Del Rei e ao Pe. Edmilson, Pároco da Paróquia São José de Além Paraíba, que foram os idealizadores e executores desta obra de revitalização. Deus os abençoe generosamente”, enalteceu
Dom Edson também falou sobre o sentido teológico, bíblico, litúrgico e espiritual da cerimônia de dedicação do altar, considerada um dos mais belos rituais da Igreja. Ele comentou que o altar é o ponto de convergência, onde os corações se unem no desejo de responder, com coerência de vida, ao chamado generoso de Deus.
“É no altar que, verdadeiramente, o Coração de Jesus – verdadeiro formador – prepara os corações daqueles que fomos escolhidos para o serviço sacerdotal, pela pregação da Palavra, administração dos Sacramentos e serviço dos irmãos e irmãs”.
Em outro trecho da homilia, destacou que o altar de uma Igreja é a mesa em que o Cristo se oferece a cada Santa Missa pela vida do mundo, representando a pessoa divina de Jesus e sua ação redentora que, no alto da cruz, alcançou a salvação do gênero humano.
Concluiu com uma citação de Santo Ambrósio, De sacramentis 5,7: PL 16, 447). “O altar, em torno do qual a Igreja se reúne na celebração da Eucaristia, representa os dois aspectos de um mesmo mistério: o altar do sacrifício e a mesa do Senhor. E o altar é o símbolo do próprio Cristo, presente em meio à assembleia de seus fiéis, que se apresenta como vítima oferecida por nossa reconciliação e como alimento celestial que nos é dado”.
O arcebispo metropolitano de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira, disse que ficou muito contente com a reinauguração, cumprimentando dom Edson e dom José Eudes Campos do Nascimento, quem iniciou as obras em abril de 2018. “Uma obra maravilhosa, não tinha vista ainda como ficou. Agora posso dizer que ficou extraordinariamente bela, própria para a formação. A formação dos futuros padres não se compõe apenas no aspecto acadêmico, mas do aspecto espiritual, da vida comunitárias e pastoral. Esta casa concebida desta forma, completa a formação de seus futuros padres. Que Deus abençoe a Diocese de Leopoldina, seu bispo, o clero e seu povo, por esta obra tão maravilhosa, dedicada a Deus e a Nossa Senhora de Guadalupe”.
O reitor do Seminário Nossa Senhora de Guadalupe, padre Paulo Roberto Gomes, comentou que a casa de formação prepara os futuros pastores da Igreja. Ele esclareceu que os seminaristas da filosofia aprofundam o discipulado de Jesus Cristo; já os que avançaram para a etapa da teologia, aprofundam sobre a configuração com Jesus Bom Pastor. “Está sendo um momento muito importante para todos nós, pois a casa de formação é um lugar de estudos, oração, convivência e trabalho”, comemorou.
O padre João Victor Melo Martins, membro do Conselho de Formação e coordenador do projeto ‘Amigos do Seminário’ destacou que a reforma do seminário foi possível devido as contribuições das paróquias, sacerdotes e, principalmente, em virtude do projeto ‘Amigos do Seminário’, que há mais de 16 anos contribui com a formação dos futuros presbíteros da Diocese de Leopoldina.
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