Após a etapa formativa no seminário, é chegado o tempo de preparação ao diaconato.
Eu, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Leopoldina, onde exerço meu trabalho pastoral, estamos vivendo um período de expectativa, alegria e graça pela tão sonhada ordenação.
Assim, ao se aproximar a ordenação diaconal, tive a satisfação de me preparar para este momento em um retiro de espiritualidade. Colocar-se em oração, conversar com Deus, sentir Sua presença, ouvi-lo em meu silêncio. É necessário pra todo vocacionado parar, refletir, encontrar este Deus do chamado e do amor. Agradece-lo pelo dom da vocação, rezar com Ele e para Ele.
Nesse retiro tive a honra de estar mais próximo de um dos padres que admiro, que me ensinou muito quando passei por sua paróquia fazendo estágio pastoral. Sobre o direcionamento espiritual de Monsenhor Waltencyr fui conduzido a este encontro, a esta intimidade com o Senhor. Todo retiro é desafiador, porque tende a exposição, entrega, doação de um coração aberto à escuta.
Assim, nesse momento importante de minha vocação, foi gratificante ouvi-lo, partilhamos experiências diversas sobre a função do sacerdote no meio do povo, renúncia, cuidado, zelo pelas coisas de Deus, amor e misericórdia, sentimentos e qualidades que devem estar inseridas na alma do sacerdote.
O “eternamente sacerdote” só faz sentido, se a diaconia for plena. Eu ainda, começando os primeiros passos para abraçar este ministério e ele aos quarenta e sete anos de vida sacerdotal. Como sai fortalecido deste encontro!
“Não podemos deixar de amar”. Este foi o convite do nosso retiro e também deveria ser o propósito de todo cristão que pensa em fazer diferença no Reino, este é o amor que pretendo levar em meu ministério diaconal, como dom, semente e fruto, amor que transforma o coração do homem, amor vividos por alguns que se fizeram presentes neste retiro: Abraão, Sara e Isaac, Moises, Marta e Maria, São Francisco e Santo Antônio. O amor vivido na crença, na entrega do que se tem de mais valioso, no impossível do ser humano, mas possível para Deus, nas ações, na confiança, no próprio amor, na oração, na disponibilidade e no testemunho da Palavra.
Retirar-se, é conhecer-se, pois exige tempo e finalidade; encontrar com Deus, é conhecê-lo e vive-lo, de modo que essa vivência atinja a nossa maior vocação: ser feliz. Que nos leve a prática do serviço, da oração, da esperança com o próximo, da realização do Reino. Nestes dias eu vi e ouvi o Senhor!